Anotações Marlon

  [...] (Em uma conversa qualquer) - "Caju é doce é uma maravilha!" - "Caju é terrível, é amargo e gruda a boca. Eu já comi" -  "É doce! Não amargo" -  "Não é doce!" A mãe da criança chega, - "É que quando meu filho comeu não tinha amadurecido o Caju ainda, por isso que estava amargo,  mas depois que amadurece fica doce,  Antes de brigarem procurem ver o que é melhor pra se fazer e depois ver o que é verdade no lado do outro pra não ficarem brigando por pouca coisa, então se acertem os dois". Ela sai. - "Desculpa por ter dito que não é doce"  - "Ok! "      

Buscar o silêncio  Abandonar o falar  O som  A tagarelisse  Só deixar aquilo que precisa trabalhar  O corpo com as suas funções  O andar com seus sons  Mas ainda há de se encontrar o silêncio  Se olhar, ele estará lá  Ainda haverá o som da chuva  Dos carros e maquinarias  Mas se atentar à ouvir, ouvir o som do silêncio  Ele ainda estará lá  Quantas mais coisas poderá escolher?  Quanto de poder não te dará?  as correntes do desejo  As correntes das vozes  As correntes das repreensões  Esses são medos ouvidos  São os medos que ouvimos  Quem há de guiar?  Dará tempo deste de te guiar numa batalha?  Pode até ser que sim  Mas no meio do fogo cruzado de palavras  Na guerra da emoção  Conseguirá você ouvir o conselho de quem te aconselha?  Onde estará a tua motivação quando te subjulgarem?  Onde esteve sua motivação quando te iraram e te humilharam?  Viste tua fraqueza  Viste teu erro  Sabes que perdeste a autoridade   A situação exige novidade  Tens o silêncio  Que te dá a desobrigação da le

 PROVERSE Abre o espelho pega a escova Fecha o espelho pega a pasta abre a pasta coloca a pasta na escova tampa a pasta guarda a pasta Abre a torneira molha a escova fecha a torneira Escova os dentes Cospe Espuma Abre a torneira

Segue o homem seu rumo, seguindo sua direção,  mas viu por entre as árvores, uma estranha iluminação. Se espreita a olhar,  se espreita a esperar se mantém em seu ritmo, estranho a continuar. Sua luz aproximava, mais forte ficava, de seu rumo afastava, se aproximavam, até que em seu último suspiro,  uma linda lanterna ali habitava, "De quem será a lanterna?" pensava "Por que deixariam aqui?" se desesperava - Alguém perdido - se argumentava Procura o homem pelo resposta Por detrás das árvores procurava, Pelo campo procurava,  Em todo seu entorno procurava, até que ali estava,  sob onde jazia a lanterna, sob tanta terra, jazia um caçador e sua caça, uma caça carcaça, um caçador caçado, ambos mortos, um pelo disparo, outro pelo caça. Ambos mortos,  o que buscou a caça, mas um recebeu sua própria carcaça. "Ele estava disposto à morrer" "Ele sabia que esse dia um dia chegaria" tenta se convencer o homem Sob tamanha pressão, liga para a jurisdição o ho

- O que é isso? - Pergunto eu para meu pai - Uma cadeira - Responde ele - Para que serve? - Indago eu sobre a coisa - Para sentar - responde ele  - Legal! Se passa um bom tempo... - Pega a cadeira de ferro filho!  - Qual é a cadeira minha mãe!? - A de ferro azul - Essa não é de ferro? - Não, essa é de madeira - Agora conheço essa cadeira, ela é de madeira, você quer essa cadeira que não é de madeira - aponto para a outra cadeira  - Sim meu filho, traga para mim Muito tempo mais tarde... - O que vai fazer com a cadeira quebrada meu pai? Ela ocupa espaço! - Vou criar bonequinhos - Bonequinhos? Como? - Veja - Ele desmonta as peças que sobravam da velha cadeira, corta em pedaços com o novo serrote, Lasca as pecinhas de madeira com essa talhadeira Até que aos poucos vai gerando forma, A cadeira se transforma em lindos soldadinhos de madeira.

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